terça-feira, 24 de agosto de 2010

No Sameiro

O evento «Vamos bailar à Senhora», concretizado no dia 22 de Agosto, domingo, no Sameiro, correu bem, não obstante algumas falhas técnicas, corrigíveis ao longo do desempenho dos grupos e perfeitamente ultrapassáveis em futuras edições, se for o caso.

A mobilização de grupos folclóricos para este tipo de iniciativas tem toda a justificação, quer na história cultural das comunidades paroquiais, quer nos princípios que enformam a constituição de grupos folclóricos, muitos deles fundados a partir de grupos de romeiros ou de iniciativas que visaram e visam a reconstituição ou continuidade de tradições de rezar, cantar e dançar em santuários, capelinhas ou locais de devoção. A antropologia das danças religiosas no espaço da lusofonia também se mobiliza como bom argumento para a iniciativa.
A Confraria do Sameiro, sob a presidência do senhor cónego José Paulo Abreu, proporcionou aos grupos e à liderança do evento todas as condições estratégicas para o desenvolvimento do projecto, o que se regista com agrado e se louva como caminho de futuro. A fita simbólica entregue aos grupos foi elaboradamente concebida e entregue com o ritual próprio. Houve palavras de circunstância, afecto, consideração e gratidão pelo trabalho de todos os participantes e colaboradores.

Estiveram presentes 75 elementos de seis grupos, cinco de folclore (Palmeira, Sinos da Sé, Marrancos, Cabreiros e Rusga de S. Vicente) e um de música popular (Roriz), dançaram 14 pares em simultâneo e a tocata foi composta por 5 concertinas, clarinete em dó, viola braguesa, 3 violões, 7 cavaquinhos, ferrinhos, reque-reque, bombo, pandeireta e castanholas; o coro foi composto por 25 vozes (4 masculinas e 21 femininas). Foram apresentados cinco bailes (uma chula, um malhão, dois viras e uma «criação inspirada nos malhões da tradição duriense»), cujas coreografias foram fundadas nas marcas tradicionais. Aqui se deixa um pequeno exemplo da poesia cantada:

1. Rusga de entrada – «A Senhora do Sameiro»

A Senhora do Sameiro
Tem um cheiro que rescende;
É o manto da Senhora
Que pelo mundo se estende.

2. Vira do Solar da Imaculada
Descei do vosso altar,
Ó Senhora do Sameiro,
Descei do vosso altar;

Descei do vosso altar
E olhai o povo romeiro
Que Vos vem aqui dançar.

3. Malhão do Sameiro
P’rà Senhora do Sameiro,
Todos nós vamos bailar,
Neste mui lindo terreiro,
Sob o seu materno olhar.

4. Vira dos romeiros
A Senhora do Sameiro
É de todas a mais bela;
Nos altares do mundo inteiro
Não há outra como Ela!

Neste recanto do Minho,
Onde o povo canta e ora,
Recebe paz e carinho
Quem visitar a Senhora.

5. Senhora do Sameiro
(Letra e música de José Machado)
Senhora do Sameiro,
Senhora do Sameiro,
Senhora do Sameiro,
Ouvi a nossa voz!Senhora do Sameiro,
Senhora do Sameiro,
Senhora do Sameiro,
Rogai por nós.

No fim, dançou-se o «vira geral».

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Nas voltas do vinho

Será em breve o lançamento do novo CD audio que os «Os Sinos da Sé» vão efectuar à volta da temática das vinhas e do vinho.


Escute em primeira mão a primeira música do disco fruto da tradição e que nos encheu os ouvidos na infância, a uns nos anos 40 e a outros nos anos 50 e 60 do século passado.

domingo, 1 de agosto de 2010

Festival Internacional de Folclore de Braga

Gostei de vos ver. O grupo cumpriu. Parabéns!

Deixámos uma ideia de trabalho e de dedicação.

As pequenas falhas, e as pequeninas que só nós sabemos, serão futuras sementes de qualidade.

Em Agosto ainda temos dois compromissos, um em Fervença a 21 e outro no Sameiro a 22, ambos apenas para os disponíveis com férias por perto.

Boas férias a todos. José Machado

O princípio e as costas

Há muita gente que começa a ler ou folhear o jornal pelo fim. O Vira Geral, sendo a última música que se apresenta para fechar uma actuação, tem um princípio, ora ouçam lá o que levámos ao Festival:


Conforme se toca, assim se dança, quer seja de frente para o público, quer seja de costas. E é de costas que agora vamos mostrar algumas mulheres do grupo com os seus coletes:









Estes bordados e costuras são de lhes "tirar o chapéu". Então tiremos e vamos a banhos.

Boas férias