domingo, 13 de dezembro de 2009

Cecília de Melo




Morreu a Cecília de Melo, fundadora do Grupo Folclórico de Professores, agora Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé».
Estamos de luto, choramos com este desespero de impotência perante a morte, choramos esta ausência intempestiva de uma amiga dedicadíssima e imprescindível.
Ela representa para nós tudo quanto fazemos por amor nesta causa do folclore e da cultura portuguesa.
Ela tinha e deixou-nos a sabedoria das artes populares, no bordado, na costura, na apresentação exterior e nessa dimensão interior da procura de uma autenticidade de entrega ao que fazemos.
Choramos a nossa amiga com saudade da sua alegria contagiante, do seu optimismo cultural e da sua ternura por nós, pelos nossos cantares, pelas nossas saídas, pelas nossas amizades, pelas nossas conversas, que em tudo ela se mostrava plena de sentido.
Estivemos todos juntos na Terça-feira, dia 8 de Dezembro, na saída a Barrada, ao Alentejo. Dia de Nossa Senhora, de Nossa Mãe do Céu. Foi e veio com uma excelência de espírito. Contou-nos das suas preocupações com a saúde, sobretudo com a falta de ar em alguns momentos, mas mostrava-se segura de que saberia cuidar de si. Provavelmente não teve tempo de reagir e cremos que a morte a surpreendeu. Acreditamos que é um anjo no Céu, junto do Senhor, que é esta a nossa fé e foi a dela, em tudo a demonstrou e a soube defender.
Parabéns, nossa amiga, por tudo o que nos deste. Temos agora no Céu a Cecília de Melo e seu marido, o casal que amava o nosso Grupo de uma forma inexcedível.
Cantaremos de alegria no Senhor!






1 comentário:

  1. Morreu a Cecília. Morreu mais um pouco de cada um dos seus amigos. Estamos, talvez, a ficar habituados a vê-los partir. Ela, a Cecília, viveu sempre intensamente quase sem tempo para "arrastar" as pernas e as penas pelos bancos dos jardins ou dos cafés. Sempre pronta a dar atenção ao "outro" . Não teve tempo para perder tempo. A nossa vez, queiramos ou não, é a "seguir"; a seguir há "muitas vezes"; uma delas será a minha. É a velha questão que nem todos gostam de colocar a si próprios: donde venho? o que faço? para onde vou? Se tivermos a coragem de nos auto-interrogarmos e de tomar decisões, talvez consigamos o sorriso, a paz e a tranquilidade que a Cecília irradiava. Deus a tenha em bom lugar e nos ajude a dar ao mundo um pouco mais de paz e de esperança. Até breve. Costa Gomes

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