domingo, 18 de fevereiro de 2024

Assembleia geral de 15 de fevereiro de 2024 (relatório de actividades - Parte II)

A propósito da nossa Assembleia Geral realizada no passado dia 15 de fevereiro vamos publicar o relatório das atividades desenvolvidas durante o ano 2023. Esta PARTE II detalha as atividades desenvolvidas ao longo do ano:

Janeiro

6 – Gravação de cantares de Reis para o Porto Canal, no Largo D. Diogo de Sousa;

- Concerto com cantares de Reis para “Mesa na Praça”, no Mercado Municipal;

14- Participação no programa de animação do Lar Conde Agrolongo com cantigas do ciclo de Natal e Reis;

15 – Participação no Encontro “Cantar dos Reis”, no Salão Multiusos da Freguesia de Palmeira;

22- “Cantar as Janeiras “no auditório da Escola Francisco Sanches, organizado pela Junta de Freguesia de S. Victor e pela Associação Cultural e Festiva “Os Sinos da Sé”;

31- Participação no «Cantar os Reis», no Centro Escolar de Lamaçães.

Fevereiro

2- Assembleia Geral.

Março

9 - Entrevista ao Correio do Minho: “Preservar as tradições e a cultura popular” pelo Diretor  Artístico José Machado;

24 - Inauguração da Galeria AP onde a Associação foi responsável pela instalação de uma mostra de trajes folclóricos e objetos da tradição festiva e agrícola, a qual se manterá por tempo indefinido, no terceiro piso do espaço da Galeria AP;

27 – Reunião de preparação para as festas de S. João.

Abril

5- Participação musical no Cortejo Bíblico “Vós Sereis o Meu Povo “, vulgarmente conhecido pela Procissão da Burrinha, evento integrado nas Solenidades da Quaresma e da Semana Santa, Património Cultural Imaterial Nacional;

14- Fecho das atividades d
o programa “IncluIR – férias da Páscoa 23”na Escola Secundária Alberto Sampaio promovido pela Câmara Municipal de Braga, em colaboração com a cooperativa organizadora;

17- Reunião sobre a realização do cortejo Etnográfico das Festas de S. João.

Maio

1 de maio - Exposição do Maio nas grades do edifício da antiga escola Francisco Sanches, produzido pelo professor Ernesto e sua esposa D. Mindinha;

5- Participação com duas oficinas para alunos sobre a música tradicional no Dia do Patrono da Escola Francisco Sanches;

23- Reunião com a Associação de Festas de S. João para o cortejo etnográfico;

24- Participação no programa ERASMUS no Gnration , inserido no projeto Circuito- Serviço Educativo Braga Media Arts.

Junho

 

4- Participação em Sidrós na missa da Santíssima Trindade, procissão e animação cultural;

17- Participação no Encontro de Cavaquinhos das festas de S. João;

- Atuação no Lar Conde de Agrolongo sobre festa de S. João;

18- Participação no Cortejo Etnográfico das Festas de São João, conjuntamente com outros grupos, sendo o nosso responsável pelas músicas das danças executadas;

20- Entrevista à Antena Minho do Diretor artístico José Machado;

- Concerto de São João, na capela de São João do Souto;

23- Participação no desfile da abertura oficial das Festas de São João;

- Participação no Cortejo das Rusgas, com o grupo de Palmeira;



24- Participação na Majestosa procissão de São João, com execução de cantares durante a procissão e na cerimónia de fecho da mesma na Sé.



Julho

22 – Participação na XVIII Edição do Festival Internacional de Música Polifónica, organizado pela Junta de Freguesia de S. Victor no largo da Senhora-a-Branca;



23- Participação nas festas de São Tiago de Esporões;


27- Intervenção para alunos, do projeto incluir, na escola André Soares;

29- Intervenção no Festival Internacional de Folclore de Braga.




Agosto

- Animação de rua, todas as quintas-feiras, à noite, com participação popular;



8- Encontro Internacional de Bispos Amigos do Movimento dos Focolares, no Bom Jesus, organizado pela Arquidiocese de Braga;

15- Participação na organização e nos bailes do “Vamos Bailar à Senhora”, no Sameiro.




Setembro

4- Intervenção para um Congresso da Universidade católica de Braga, no Hotel Vila Galé;



30 de setembro e 1 de outubro – Presença de quatro pares trajados no Braga Open de Ténis 2023 – protocolo de final de pares e singulares, dois pares em cada uma das finais.

 

Outubro

1 –Participação na Procissão de S. Miguel de Gualtar e no Festival de Folclore em Gualtar;



12 – Participação na apresentação dos programas de Viagens do Inatel, em Braga, com cantares.

Novembro

5- Participação no magusto do dia do irmão da Confraria do Sameiro;



8- Intervenção musical no Lar Engenho de Arnoso.

Dezembro

10- Concerto “Notas de Natal” na Igreja da Senhor-a-Branca, promovido pelo INATEL;



16- Animação de rua no programa “Braga Natal”;

19- Intervenção com cantares de Natal no Lar da Misericórdia, em Braga;

- Organização e início da montagem da Exposição na Quinta Pedagógica Nós, por andanças e mudanças (as coisas e os versos que vemos mudar) com inauguração marcada para dia 22 de janeiro.



Para além destas atividades, merece igualmente referência:

-o dinamismo da Associação nas diferentes redes sociais, que têm vindo a afirmar-se como uma importante fonte de informação, comunicação e interação, muito graças ao empenho e dedicação da Carla Castro e do António Machado;

-a boa vontade de todos os Associados em colaborar nas atividades da Associação, sendo de destacar:

-a Tininha, na execução de quatro tapeçarias para a exposição e adaptação de uma saia para a Bia;

-ao Faria (Cata) e ao Orlando pela sua  habilidade, profissionalismo e boa vontade na execução dos trabalhos da exposição, bem como a disponibilidade dos irmãos Faria Fernandes, do Orlando, do Elísio e da Nair para o empréstimo de peças para a Exposição na Quinta Pedagógica.

Por último, gostaria de expressar um agradecimento muito sentido ao nosso Diretor Artístico pela sua criatividade inigualável, capacidade de trabalho, resiliência e… “por marcar a diferença”.


A Direção agradece a todos e deseja um Bom ano repleto de boas atuações.

 

Braga, 7 de janeiro de 2024

A Direção


Assembleia geral de 15 de fevereiro de 2024 (relatório de actividades - Parte I)

A propósito da nossa Assembleia Geral realizada no passado dia 15 de fevereiro vamos publicar o relatório das atividades desenvolvidas durante o ano 2023. Esta PARTE I começa assim:

Nós somos uma geração que testemunhou transformações extraordinárias, migrando do telefone com operadora para as videochamadas, dos slides para o YouTube, dos discos de vinil para a música online, das cartas manuscritas para o e-mail e WhatsApp, da rádio e TV a preto e branco para a alta definição , do vídeo clube para a Netflix, e dos primeiros computadores de cartões perfurados e disquetes para os gigabytes e megabytes presentes nos smartphones e iPads.
Ao longo deste percurso, conseguimos tratar várias doenças, incluindo a COVID-19. Além disso, nos transportes temos agora opções mais ecológicas, como os veículos híbridos ou totalmente elétricos. Em todos estes aspetos, podemo-nos considerar uma geração privilegiada.
Este ano decidimos utilizar mais uma inovação tecnológica, a inteligência artificial e propor ao ChatGPT que fizesse a introdução para o nosso relatório de atividades, ele assim o fez:

“A Associação Cultural e Festiva “Os Sinos da Sé “emerge como uma vibrante guardiã das tradições, mergulhando nas raízes culturais que moldam a nossa identidade orientada por um comprometimento incansável.
Neste relatório, retratamos de maneira abrangente as atividades realizadas pela nossa Associação durante o ano de 2023.
Dedicados à preservação e promoção das atividades artísticas, desde cantares e dançares, passando por exposições, entrevistas na comunicação social e com o resplandecer dos trajes tradicionais, procuramos enriquecer a comunidade com manifestações culturais significativas.
Este relatório reflete o pulsar intenso das atividades desta associação, onde a preservação e celebração das expressões culturais assume o papel central”.
Todas as reações:









terça-feira, 25 de julho de 2023

Em Esporoões - São Tiago

Este "Alargai-vos raparigas" é um chega pra lá (pois o terreiro é estreito) com um toque de gaita de foles dançado no salão paroquial de Esporões para celebrar São Tiago (Maior).



Ainda as Noites Brancas em São Victor

"Usos e Costumes"...nas Noites Brancas, a XVIII edição do Festival Internacional de Música Polifónica, organizada pela Junta de Freguesia de S. Victor - Braga no Largo da Senhora-a-Branca com a participação do Orfeão de Braga, do grupo “Gli Amici Appassionati” de Vigo (Galiza) e nós.


Nas Noites Brancas em São Vitor - Cantemos o São João


 

São João 2023 - Cantemos a Cidade

No concerto de 20 de junho ocorrido na Igreja de São João do Souto




 

terça-feira, 23 de maio de 2023

São João 2023 (2 de 2) - quadras saojoaninas para o desfile etnográfico - Malhão

 


S. João 2023

Ao São João

Eu hei-de ir e hei-de vir

Hei-de levar um amor

Só para me divertir

Na condição

De com ele me arranjar

Se o São João no rio

Nos quiser abençoar

 

E siga a rusga

Vamos para o São João

A cantar e a dançar

A viver a tradição

Que o santo ajuda

A alegria é redobrada

Viva o São João da Ponte

Viva o São João de Braga

 

Ao São João

Vou pedir um manjerico

Que torne a terra mais verde

E o mundo mais bonito

Que é devoção

Tudo a São João mostrar

Para que ele ajude a ver

E o povo possa mudar

 

E siga a rusga

Vamos para o São João

A cantar e a dançar

A viver a tradição

Que o santo ajuda

A alegria é redobrada

Viva o São João da Ponte

Viva o São João de Braga

 

No São João

A cidade tem que ver

Anda o povo na Avenida

A subir e a descer

Que é obrigação

A capela visitar

E deixar ao S. João

A promessa de voltar

São João 2023 (1 de 2) - quadras saojoaninas para o desfile etnográfico - Vira

 

Vira de S. João

(Desfile etnográfico 2023)

Se S. João bem soubera

S. João, S. João

Quando era o seu dia

S. João, S. João

Descera do céu à terra

S. João, S. João

Com prazer e alegria

S. João, S. João

 

S. João adormeceu

S. João, S. João

Debaixo da laranjeira

S. João, S. João

Caiu-lhe a flor por cima

S. João, S. João

S. João que tão bem cheira

S. João, S. João

 

S. João, casai as moças

S. João, S. João

Que vos fazem as fogueiras

S. João, S. João

E àquelas que as não fazem

S. João, S. João

Deixai-as ficar solteiras

S. João, S. João

 

Eu hei-de ir ao S. João

S. João, S. João

Inda que meu bem não queira

S. João, S. João

Deixai-o vós abalar

S. João, S. João

Farei à minha maneira

S. João, S. João

 

O' meu S. João da Ponte

S. João, S. João

Onde tendes a capela?

S. João, S. João

Na margem do rio Este

S. João, S. João

Não há outra igual a ela

S. João, S. João

 

Em Braga no Rio Este

S. João, S. João

‘Stá o santo precursor

S. João, S. João

O povo pára pró ver

S. João, S. João

A baptizar o Senhor

S. João, S. João

 

Em frente à vossa capela

S. João, S. João

Tudo tendes preparado

S. João, S. João

As padeiras e as doceiras

S. João, S. João

E as bandas ao vosso lado

S. João, S. João

 

Em Braga, na vossa festa

S. João, S. João

Fica tudo perfumado

S. João, S. João

Tudo são ervas de cheiro

S. João, S. João

Que S. João tem ganhado

S. João, S. João

 

Vinde ao S. João a Braga

S. João, S. João

E tocai na portaria

S. João, S. João

Que o santo vos abre a porta

S. João, S. João

Se vindes de romaria

S. João, S. João

 

As freiras cantam no coro

S. João, S. João

As cachopas no serão

S. João, S. João

Cantam as moças e as velhas

S. João, S. João

Na noite de S. João

S. João, S. João

 

S. João quer fazer casa

S. João, S. João

E' pobre, não tem dinheiro

S. João, S. João

Fazei casa, S. João

S. João, S. João

Que eu serei vosso pedreiro

S. João, S. João

 

S. João tem procissão

S. João, S. João

Com mais santos à porfia

S. João, S. João

Para verem a cidade

S. João, S. João

Que lhes faz a romaria

S. João, S. João


quinta-feira, 23 de março de 2023

Exposição AP – Adereços e acessórios


English version

#08

Adereços e acessórios: o chapéu, o ouro, o xaile de agasalho, a coroa de rei o lenço de namorados, a algibeira, a saca e as chinelas.

Associados aos trajes tipificados estão vários adereços, nesta exposição colocados propositadamente em destaque: os xailes, os lenços de namorados, as sacas de transporte de bens pessoais, as algibeiras.

Ao usar um traje típico, torna-se padrão usar na cintura a algibeira, podendo esta variar em tamanho, corte, feitio e decoração, exibindo ou não um pequeno lenço branco com ponta apara o exterior; a decoração é feita com missangas, vidrilhos, fitilhos e bordado a lã.


O uso na cintura de um lenço de namorados ou de pedidos, a testemunhar a arte de bordadeira e a vontade de sedução torna-se quase obrigatório na dinâmica de um grupo folclórico. Este lenço pode ser visto também no pescoço dos homens, a revelar o compromisso amoroso com a possuidora do mesmo. Nesta exposição apresentam-se, em caixilhos de protecção e exibição, quatro exemplares, três deles bordados em pontos livres e outro em ponto de cruz, a vermelho. A poética dos lenços demonstra o interesse da comunicação amorosa e dos valores da propriedade e da família, em símbolos e marcas. O lenço a vermelho foi bordado por Sílvia Malheiro, uma bordadeira de escopo singular e requinte de pormenores de execução, pertenceu ao elemento desta Associação Cecília de Melo, já falecida.

Esta exposição apresenta um lenço de namorados, feito na forma de tapeçaria de parede, projectando-o como forma de arte decorativa. Esse trabalho foi concebido por José Machado e produzido pelos elementos do grupo.

Todo o traje se faz acompanhar, em princípio, por uma peça de agasalho, no caso o xaile de lã, suspenso no braço. Havendo capa comprida, vai pelas costas, cobrindo todo o traje.

O recurso a peças de ouro para enfeite de pescoço, peito e mãos é feito a gosto de cada possuidora delas ou credora da confiança de outros. Ourar é, no folclore, um tratado de paixão e de orgulho pessoais. A economia do ourar é uma filosofia de vida. É natural e decorre do sentido da poupança e do fazer de património pessoal e familiar, a mulher possuir uns brincos ou umas argolas, ter um cordão de ouro, uma peça, um trancelim, uma cremalheira, uns alfinetes, umas libras ou meias libras, uma borboleta, uns corações, umas cruzes, um relicário, anéis e pulseiras…

Mas, nesta exposição, as peças que «imitam» a função de ourar são recursos da A. P. GALERIA e destinam-se à venda em loja, podendo ser adquiridas.

Apresenta-se uma peça produzida em tear, a coroa de rei, uma peça icónica no folclore minhoto. Traduz a longa duração do imaginário real e da sua presença no património material de muitas casas e de muitos monumentos, toalhas de mesa, colchas, bandeiras, pedras, quadros, etc. Frequentemente se recorre a esta forma para a bordar em ponto de cruz no centro de um lenço de namorados, ou para a bordar em ponto pé de flor nas costas de colete de homem, ou para a bordar em vidrilhos no centro de um avental feminino.

As chinelas podem ser pespontadas a branco e assumir configurações conformes ao gosto de quem as manda fazer e de quem as faz. Outras formas de calçado, nomeadamente ligadas a formas de trajar mais funcional ou de cotio, ocorrem tanto em homens como em mulheres: botas, socas e socos, chancas, sapatos, chinelos.


A indústria chapeleira em Braga teve nomeada e méritos incontestáveis, perdurando no imaginário e em certas casas comerciais. A decoração desta exposição com recurso a uma fantasia criativa em volta dos chapéus, pretende homenagear as memórias da indústria e os ditos populares ligados ao chapéu:

A boa cabeça, nunca faltou chapéu.

Chapéus há muitos…

Empresta-me o teu chapéu, Antoninho, meu amor.


Exposição AP – O traje de Vale d’Este

English version
#07



Esta tipificação de trajar, projecta o imaginário de usos e costumes para situações de mistura, reflectindo mudanças e acomodações de gosto e de mercado, evocando debates sobre a influência dos ambientes urbanos nas vivências da ruralidade. 

O uso ou recurso a chapéus de feltro, fazendo jus à cidade de Braga como centro de chapelaria, num passado afastado, mas sempre lembrado, permite que em Braga se fale da variação de dois modos de trajar, o de Vale d’Este e o de Sequeira, duas freguesias da periferia urbana. As diferenças assentam em curiosos pormenores de apropriação, significativos quando ajustados a questões de identidade: as formas do chapéu e a guarnição decorativa dos mesmos, num a copa rasa, noutro a copa redonda, num plumas e pompons, fitas de veludo pendentes para a nuca, noutro com um pequeno espelho na frente; os coletes diferem em cor e os aventais, tecidos no tear, variam em cores e feitios, no primeiro dominam as riscas verticais, no segundo os puxados. 



A diversidade de uso e as regras de combinação nem sempre respeitam um padrão, dando a tipificação lugar a variação de acordo com os recursos patrimoniais.